quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Contos de Fadas

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Leitores do NSN, a história é a seguinte: Era uma vez um blogueiro chamado Voz do Além que fez esse post falando sobre mensagens subliminares nos desenhos da Disney; foi o maior rebuliço com gente falando que isso era mentira, outros falando que a Disney é do diabo e coisa e tal. Algum tempo depois, eu fiz uma série de posts com versões "turbinadas" das garotas dos saudosos desenhos da nossa infância. No meio deles estavam as princesas da Disney, e adivinhem: mais escrotização! Falaram que eu sou pervertido, tarado, pedófilo, necrófilo e outras coisas que prefiro não citar.

Mais pra frente ainda, o Voz do Além, pra acabar com o rebuliço em torno da Disney, fez esse post "provando" que mensagens subliminares (as da Disney inclusas) realmente funcionam. Mais uma vez tivemos certa polêmica, então, para finalizar de vez com o assunto Disney, criei esse post sobre a origem dos contos de fadas usados como base para os desenhos da Disney. Sim queridos leitores, aqueles contos bonitinhos, fofinhos e meiginhos que começam com "era uma vez" e terminam com "viveram felizes para sempre" têm em sua origem uma alta dose de putaria e sanguinolência. Coisas como pedofilia, incesto, mutilação e canibalismo eram bem naturais naquela época, então, abram suas mentes, e se preparem para nunca mais lembrarem da Cinderela, Bela Adormecida e Branca de Neve do mesmo jeito.

Chapeuzinho Vermelho

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A história atual todos nós conhecemos: chapeuzinho vermelho, lobo mau, vovozinha e lenhador... Não preciso explicar certo!? Mas, na história original o lenhador não existe, na verdade a chapeuzinho e sua vovó são devoradas e pronto, parou por ai, nada de final feliz aqui.

Em outra versão ainda mais antiga, a chapeuzinho faz um strip-tease pro lobo (que as vezes era representado por um lobisomem ou um ogro) para assim poder fugir enquanto ele esta "distraído". Existe ainda uma versão mais bizarra ainda da história, onde o lobo estripa a vovó e obriga a chapeuzinho a jantá-la com ele. A chapeuzinho, que não é besta, diz que precisa ir ao banheiro (que naquela época ficava do lado de fora das casas) e fugia. Percebam que, em todas as versões que citei, o lobo sempre se dá bem no final, de uma forma ou de outra.

Branca de neve

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Na história original da Branca de Neve, a "madrasta malvada" (que em algumas versões não é madrasta e sim sua mãe original) não cai de um penhasco como é mostrado no final do filme da Disney. Ela na verdade é forçada a vestir sapatos de ferro em brasa e dançar até cair morta. Outra bizarrice nessa história é a idade da branca de neve. Na versão dos Irmãos Grimm ela tem apenas sete anos, ou seja, príncipes pedófilos eram normais naquela época. E ao invés de dar um "beijo de amor", o principie carrega o CORPO MORTO (ou adormecido, se vocês quiserem) da branca de neve para seu palácio, para que assim ela estivesse sempre com ele (isso pode ser considerado um tipo de necrofilia?). Depois de algum tempo, um de seus servos, cansado de ter que carregar um caixão de um lado pro outro, resolve descontar suas frustrações dando uma baita SURRA na branca de neve. Um dos golpes desferidos no estômago faz com que ela vomite a maçã envenenada e assim volte à vida.
Mas de todas as mudanças feitas através dos anos, a mais sangrenta foi em relação ao coração da Branca de Neve. Nas histórias mais antigas a rainha não pedia ao caçador para trazer só ele. Ela queria também outros órgãos principais como pulmão, fígado etc... fora isso ela também queria um jarro com seu sangue (acho que o caçador precisou mais que um cervo pra resolver isso). Vocês devem estar perguntando: "pra que tudo isso?". Simples, ela queria JANTAR a branca de neve! Bizarro não!?

A Bela Adormecida

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Essa sim tem um passado bizarro. Nas primeiras versões, ao invés de espetar o dedo numa agulha e cair desacordada, a bela adormecida tinha uma "farpa" encravada debaixo da unha. Parece uma mudança pequena, mas ela nos leva ao ponto que realmente importa. Nessa mesma versão, o príncipe não é tão encantado assim, e resolve, digamos... se satisfazer na bela ainda adormecida. Depois de satisfeito, ele simplesmente vai embora (o Budd do Kill Bill não foi tão inteligente e acabou morto). Nove meses depois, a adormecida dá luz a gêmeos que, em busca de leite acabam acidentalmente chupando o dedo dela, retirando assim a farpa amaldiçoada.

E a coisa não para por ai, o príncipe que a engravidou (estuprou) continuou voltando (se é que vocês me entendem) durante os nove meses. Quando ele chegou lá e encontrou a bela, já não mais adormecida e com duas crianças, ele decidiu se casar com ela (pelo menos isso, né?), mas ele não poderia levá-la ao seu castelo, pois sua mãe era uma OGRA! (o feminino de ogro é ogra?) que tinha o habito de comer qualquer criança que aparecesse em seu caminho.

Por isso ele esperou alguns anos até que seu pai morresse e ele virasse rei para aí então poder levar sua mulher para seu reino. E assim aconteceu, mas na primeira viagem que ele fez, sua mãe ogra resolveu fazer o que todo ogro tem que fazer: comer seus dois netos, e não satisfeita, também sua nora. Mas, com a ajuda do cozinheiro a bela acordada conseguiu se esconder até o retorno de seu marido (rei “half-ogro”), que quando ficou sabendo dos planos de sua mãe (ogra) mandou mata-la. Bunito né!?

Em outras versões, o príncipe na verdade já era rei, e a mãe ogra era a esposa do rei, o resto é bem parecido. A esposa ciumenta quer, como vingança, comer (no sentido alimentício) os dois filhos bastardos do rei, mas acaba sendo descoberta e é queimada viva numa fogueira. Moral da história, se você encontrar uma mulher desmaiada num bosque, se divirta e não volte nunca mais; ou, se você for uma ogra, não tente comer seus netos; ou ainda, se vocês for uma mulher adormecida no meio do bosque, use cinto de castidade, ou ainda, não espete seu dedo numa agulha amaldiçoada!

Eu podia ficar nisso o resto da semana...

Cinderela

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Esse é um dos contos de fadas mais antigos já registrados, e com a maior quantidade de variações também (+ou-700). Algumas versões envolvendo um peixe gigante no lugar da fada madrinha datam de 850AD! Em outras histórias a fada madrinha é na verdade uma árvore que nasce sobre o túmulo da mãe da Cinderela.

Uma das modificações mais brutais ocorre no momento em que as irmãs malvadas tentam calçar os sapatos de cristal para enganar o príncipe, numa versão bem bizarra da história, uma delas CORTA fora seus dedos do pé para vestir o sapatinho e assim enganar o príncipe. Mas ela é desmascarada pelos pássaros amigos da Cinderela, que mostram ao príncipe o sangue escorrendo pelos sapatinhos, e depois, como vingança, arrancam os olhos das duas irmãs que terminam suas vidas cegas e mancas.

Há ainda uma outra versão (na verdade, ela é tão diferente que alguns nem a consideram como uma versão e sim um tipo de CINDERELLA ORIGINS) onde a cinderela era filha de um rei viúvo (algumas vezes a própria Cinderela foi quem matou a mãe) que jurou nunca mais se casar, a não ser que encontre uma mulher tão bela quanto a falecida esposa, que tivesse os cabelos cor de ouro, e que conseguisse calçar os mesmos sapatos da finada (fetiche por pés sacou!?). Acaba que sua filha (cinderela) preenche todos os requisitos, como 2 e 2 são 4, nada mais lógico que ele se casar com a própria filha.

Ela, por sua vez, na tentativa de fugir do casamento com seu próprio pai velho, barrigudo e incestuoso, foge pelo mar num armário de madeira (eu também achei estranho mais fazer o que, os caras eram criativos oras), no final ela consegue fugir, mas acaba do outro lado do mundo trabalhando como escrava na casa das irmãs malvadas, e daí pra frente começa a historia que vocês conhecem.

João e Maria

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Essa por si só já é assustadora, afinal, um pai que larga os filhos na floresta para morrer de fome não é lá o tipo de coisa que se lê para crianças certo!? Mas, numa versão mais antiga, a madrasta má, que pressiona o marido a lagar seus filhos na floresta, e a bruxa má são a mesma pessoa. Achei isso bem esquisito, mas as duas personagens tem personalidade bem similar. Outra alteração feita durante os anos foi com relação à própria bruxa que, em certa versão da história, na verdade é um casal de demônios, e ao invés de cozinhar João, eles querem estripa-lo num cavalete de madeira.

Quando o demônio "macho" sai para uma caminhada, a "demônia" manda Maria ajudar João a subir no cavalete, assim, quando seu marido voltar, tudo já estaria preparado. A esperta Maria finge não saber como colocar João deitado e pede para a "demônia" mostrar como se faz. Quando ela deita no cavalete, João e Maria a amarram ela e rapidamente cortam sua garganta. Depois fogem levando o dinheiro e a carroça do pobre casal de demônios.

O Flautista de Hamelin

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Nessa historia, um tocador de flautas mágico é contratado por uma cidade para livra-la de uma infestação de ratos. Ele cumpre seu papel, mas quando volta para receber seu tão suado dinheirinho, a cidade se recusa a pagar. Daí, como vingança, ele usa os poderes de sua flauta para raptar todas as crianças da cidade e só as devolve após receber seu pagamento. Até aqui tudo bonito, mensagem positiva e uma moral no fim da historia. Mas, o conto original não é bem assim, nele, o encantador não devolve as crianças depois de receber da relutante cidade. Na verdade ele faz com que elas todas se afoguem num rio. E, em algumas versões ainda mais antigas, há referencias a pedofilia em massa dentro de uma caverna escura.

A pequena sereia

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A grande diferença nesse conto está em seu final. Ao invés de se casar com o príncipe e viver feliz para sempre, a pequena sereia na verdade é abandonada por ele logo após ela beber a poção mágica que lhe transforma em mulher. Mas, como tudo tem seu preço, a poção tem um pequeno efeito colateral: durante o resto de sua vida a pequena ex-sereia iria sentir uma dor tremenda nos pés, como se eles estivesse pisando constantemente em facas. Vendo a traição, alguém (juro que não consegui descobrir quem) oferece um punhal para que ela tenha sua vingança. Mas, ao invés disso, ela pula no mar e "morre" se dissolvendo em espuma. Bom, comparado com a chapeuzinho vermelho, essa é até bem tranqüila.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Bandas dos anos 80

Blitz

blitz Verão de 80/81. Reuniram-se no Teatro Ipanema, no Rio de Janeiro,para apresentações o grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone abrindo o show da cantora Marina. Entre intervalos dos ensaios , o ator do Asdrúbal , Evandro Mesquita levava um som com Lobão, na época baterista de Marina e com o primo de Regina Casé, Ricardo Barreto.

Após apresentação no Caribe, espaço aberto para alguns showzinhos, a Blitz começaria a surgir, ainda sem nome. Este pequeno show fez todos na Praia de Ipanema,dias após, comentarem: o bairro tinha uma banda de rock performático.

O nome veio de Lobão, pois os músicos levavam muita geral da polícia. Além de Evandro e Lobão, o restante da Blitz, no primeiro momento, veio dos músicos acompanhantes de Marina.

As meninas, Márcia Bulcão, mulher de Ricardo Barreto e Fernanda Abreu bailarina vieram depois, numa indicação da mulher de Evandro, na época, Patricia Travassos que além de fazer parte do Asdrúbal montava as coreografias da nova banda que estava surgindo e que iria revolucionar o mercado fonográfico e o rock no Brasil.

A Blitz ficou com a formação: Evandro nos vocais e violão, Barreto guitarra, Antônio Pedro no baixo(que chegou a tocar com Mutantes e depois com Lulu Santos), Willian Forgheri nos teclados (ex-Gang 90), Márcia e Fernanda nos vocais e Lobão na bateria.

O primeiro compacto com a música "Você não soube me amar" lançada em julho de 1982 vendeu 100 mil cópias em três meses. Tempos depois iria ganhar disco de platina (250 mil cópias) Detalhe: não existia lado B. Devido ao sucesso, em 26 de setembro do mesmo ano era lançado o LP "As Aventuras da Blitz" com vendagem de mais de 100 mil cópias.

Sucesso garantido. Antes mesmo do lançamento Lobão abandonou o barco devido a desacertos com Evandro. Juba assumiu as baquetas. Na história da Blitz constam ainda os LPS 'Radioatividade' 1983 e Blitz 3 1984. Em 3 de março de 1986 com muita bagagem em show a Blitz termina.

Barão Vermelho

A banda foi formada para tocar na 21a feira da Providência, que aconteceu em novembro de 1981. Duas semanas de ensaios. Na hora H a organização do evento 'esqueceu' de providenciar um P.A. Resultado: nada de show, nada de rock’n roll.

Mesmo com o acontecimento, os meninos Maurício Carvalho 17 anos(teclado), Flávio Augusto Goffi Marquesini 19 anos (bateria), Roberto Frejat 19 anos (guitarra) e André Palmeira Cunha 16 anos (baixo) não desistiram da idéia.

Tinham um certo problema: acertar com um vocalista (pelo Barão Vermelho, na fase de testes passou até Léo Jaime) rockeiro em todos os detalhes. Apareceu um rapaz que fazia curso de teatro. Agenor Miranda Araújo Neto 23 anos, mais conhecido como Cazuza foi o escolhido pois encaixou como uma luva para as intenções do grupo. Nasceria a dupla Cazuza/Frejat que foi chamada de Jagger/Richards brasileiros.

A primeira apresentação que rendeu comentários foi no Morro da Urca abrindo o show de Sandra Sá, funkeira, amiga de Tim Maia. O primeiro LP do Barão, lançado em setembro de 1982 virou item de colecionador pois não caiu no gosto da mídia. ‘Barão Vermelho 2’ de 1983 começou a ter destaque após comentários positivos de Caetano Veloso que regravou “todo amor que houver nessa vida”.

Logo depois Ney Matogrosso gravou “pro dia nascer feliz. A gravadora que iria dispensar a banda devido as vendagens foi pega de surpresa pelo sucesso da música. Gravou as pressas um compacto com a música na voz da banda. O sucesso desencadeou o LP ‘maior abandonado’ e trouxe várias músicas que estouraram no país.

Estava consolidado o Barão Vermelho. Em 1985 a expectativa do público era grande em ver a banda no ‘Rock n Rio’. Duas apresentações rockeiras que não decepcionaram ninguém. No final de julho do mesmo ano Cazuza decide seguir carreira solo.

O Barão quase afunda. Frejat assume os vocais e a banda lança ‘declare guerra’, recomeço difícil , pouca vendagem e desemprego. Mudaram de gravadora e emplacaram o LP : ‘Rock’n Geral’ 1987.

Em 1988 Maurício deixa a banda. O trio Frejat-Guto-Dé resolvem incorporar Fernando Magalhães (guitarra) e o percussionista Peninha. Neste mesmo ano é lançado Carnaval; em 1989 ‘Barão ao vivo’. No início de 1990 Dé sai. Após a participação de alguns baixistas, Rodrigo ex-Lobão assume.

Paralamas do Sucesso

Herbert Vianna (filho de militar) e Bi Ribeiro (filho de diplomata) se mudaram de Brasíla onde conviviam com a ‘turma do som’ da capital do país e foram morar no Rio de Janeiro. Era 1978, Herbert tinha 16 anos, sem mais contato próximo com os amigos de Brasilia e odiando a cidade maravilhosa, trancou-se no quarto e começou a estudar guitarra.

Tinha uma Fender japonesa, na época um dos raros a ter uma. Bi Ribeiro apenas gostava de reggae, e por insistência do amigo, comprou um baixo e começou a aprender. A dupla Paralamas estava formada, faltava um baterista. Surgiu um aluno de classe, Vital Dias. O trio ensaiava na casa da avó de Bi, Ondina Nóbrega.

Inscreveram-se no festival da Universidade Rural do Rio de Janeiro, em 1981. As três músicas inscritas não agradaram os jurados. Uma delas era ‘Vital e sua moto’. Em uma apresentação no intervalo da faculdade, Vital não aparece, e um amigo de Bi sugere na última hora o estudante João Barone.

Em 1982 o grupo gravou uma fita-demo com quatro músicas e enviaram à rádio fluminense (rockeira/alternativa) da época. Sucesso de ‘Vital e sua moto’. Em junho do mesmo ano, já com gravadora, lançaram o compacto que continha ‘Vital…’ e ‘Patrulha Noturna’. Vendeu 11 mil cópias.

No mesmo ano saiu o LP 'Cinema Mudo' quie não teve muita repercussão. Em agosto de 1984 o segundo LP ‘O Passo do Lui’ emplacou diversas músicas.

Em janeiro de 1985 o ‘Rock 'n Rio’ curvou-se ao som dos Paralamas. Foi escolhido um dos melhores shows do evento desbancando algumas atrações internacionais. Disco de ouro para o LP e consolidação.

O proximo LP ‘Selvagem’ de 1986 de saída vendeu 300 mil cópias.

Em 1987 lançaram o ‘D’ao vivo de Montreaux. 1988 foi o ano de ‘Bora Bora’. Lado A muito ritmo, swingue e lado B mais lento, quase fossa. 1989 veio ‘Big-Bang’. Não tinha mais prá ninguém. Os Paralamas eram do Sucesso.

Titãs

Uma junção de diversas bandas. No final dos anos 70, Marcelo Fromer, Tony Belotto e Branco Mello eram o Trio Mamão; Nando Reis e Paulo Miklos faziam parte do Sossega Leão; Arnaldo Antunes fazia parte da Aguilar e Banda Performática; Ciro Pessoa e Charles Gavin eram Os Jetsons. Sérgio Britto não tocava com ninguém.

Em agosto de 1982 surgia os Titãs do Ié-Ié com show para 30 pessoas. Na época André Jung era o baterista (depois trocaria de lugar com Gavin que tocava no Ira!). Neste ano, os Titãs se apresentaram em diversos programas de televisão: Cassino do chacrinha, Bolinha, Barros de Alencar, Raul Gil e da Hebe Camargo.

Causava estranheza oito malucos nos programas cafonélios da época. Era chamados de new-bregas. O primeiro LP intitulado ‘Titãs’ (agora sem ié-ié) lançado em 1984 conseguiu certo destaque com as músicas “Sonífera Ilha” e “Marvin”. Vendeu menos de 50 mil cópias.

No ano seguinte foi a vez do ‘Televisão’ que recebeu boas críticas da imprensa especializada e respaldo do público. Em 1986 o maior sucesso da banda, o LP `Çabeça dinossauro’ trouxe vários hits.

Em 1987 ‘Jesus não tem dentes no país dos banguelas’ seguiu o sucesso do anterior. Em 1988 ‘Go back’ e 1989 ‘O Blesq Blom’ que vendeu 230 mil cópias. Apresentações ao vivo em diversos festivais consolidaram o grupo.

Ultraje a Rigor

Roger Moreira Rocha e Leospa amigos desde 1975, resolveram seis anos depois montar uma banda para diversão. Em 1979 os dois trabalharam em São Francisco (Estados Unidos) de entregadores de pizza e faxineiros. Nesta época inventaram a primeira música “Mauro Bundinha”.

Em 1982, já de volta ao Brasil definiam o nome do grupo até que em um errôneo entendimento, Edgard Scandurra (guitarrista) perguntou se teriam que tocar com Traje a Rigor. Depois foi só colocar o Ul. Desta época faziam parte Roger, Leospa, Scandurra e o baixista Silvio. Neste mesmo ano sai Silvio e entra o definitivo Maurício Rodrigues. Em 1983 surgia o primeiro compacto com “Inútil” e “Mim quer tocar”. O compacto vendeu 30 mil cópias . O tão sonhado LP surgiria mais de um ano após, antes porém mais um compacto com “Eu me amo” e “Rebelde sem causa” já com Carlinhos na guitarra no lugar de Scandurra que ficou definitivamente no Ira! Após shows e tocarem os compactos nas rádios criava-se uma expectativa para o primeiro LP. E ele veio em 1986 estourando vários hits, inclusive o nome dado a ele: ‘Nós vamos invadir sua praia’.

Com apenas um mês nas lojas já chegava a casa de 50 mil cópias vendidas(chegaria a decuplicar esta marca). Durante a maior parte do ano, o Ultraje decidiu tirar férias para evitar a superexposição. Em 1987 lançaram o LP que sucederia o grande sucesso de “Nós vamos…”.

“Sexo” foi gravado em sua maior parte pelo guitarrista Sérgio Serra, já que Carlinhos foi embora para os Estados Unidos. O LP fez quase tanto sucesso quanto o outro, vendeu pouco mais de 320 mil cópias.

“Crescendo” foi o terceiro LP, lançado em 1989 nas lojas e chegou a marca de 234 mil vendidos. Em julho Maurício abandona o baixo, entrando Andria Busic e posteriormente Osvaldo Fagnani. Em março de 1990 é lançado o último LP com o Ultraje de outrora: “Por que Ultraje a Rigor”? vendeu pouco mais de 50 mil cópias. Nele constava a música ‘Mauro Bundinha’.

RPM

Paulo Ricardo Medeiros muda-se de Brasília para São Paulo em 1977, com 14 anos. Conhece o tecladista Luiz Schiavon dois anos depois, este com 21 anos. A dupla formou um grupo de rock progressivo. Durou um ano e meio. Paulo Ricardo decidiu ir para Londres, no segundo semestre de 1982 e lá descobriu novos sons. Voltou para o Brasil em 1983 e formou, novamente, um duo com o tecladista. Gravaram fita-demo e nada aconteceu. Decidiram buscar outros integrantes: primeiro veio Fernando Deluqui na guitarra , depois Fernando Moreno na bateria. Fizeram shows em várias danceterias paulistas.

Duas gravadoras se interessaram pelo grupo, inclusive uma que tinha recusado tempos atrás. O baterista acabou saindo pois era ‘muito verde’. Na gravação do primeiro compacto foi usado bateria eletrônica.


Lançado em janeiro de 1985 no meio de uma enxurrada de novas bandas o RPM conseguiu aparecer um pouco. No mesmo ano sairia um fenômeno de vendas, o LP “Revoluções por Minuto”. Paulo PA Pagni já havia assumido as baquetas.

Com o tempo este primeiro trabalho chegaria a 600 mil cópias vendidas e a febre RPM havia começado. Foram feitos 260 shows em um ano, com uma super produção com direção de Ney Matogrosso. No ano seguinte veio o ‘ao vivo’ que era o show com duas inéditas “Alvorada Voraz”e a instrumental “Naja” e regravações de “London, london” de Caetano Veloso e “Flores Astrais” dos Secos e Molhados.

De saída vendeu 250 mil cópias, chegando a 2.200.000 cópias, recorde absoluto no Brasil. Todo sucesso e dinheiro acabou transformando os rapazes. O consumo de cocaína tornou-se constante e acabou atrapalhando o andamento.

Em 1987 gravou um mix junto com Milton Nascimento. Em agosto deste ano o RPM termina pela primeira vez devido aos direitos autorais das canções, só que a gravadora com o contrato assinado por cinco anos obriga a banda a se reunir para gravar. Em 1988 foi lançado o LP “RPM” que também ficou conhecido como “Quatro Coiotes”.

O LP dividia a autoria das canções (causa do primeiro racha). Não emplacou vendendo pouco mais de 170 mil. Marca boa, mais para o fenômeno RPM era um fracasso e os shows sem graça alguma. Em fevereiro de 1989 aconteceu o que todos esperavam: o RPM acaba mais uma vez.

Legião Urbana

Em 1977 o movimento punk toma conta de Brasília. Vários amigos que mais tarde misturariam e formariam várias bandas.

A turma da colina tinha Herbert Vianna, André X,Loro Jones entre outros. Destacava-se as letras de um tal de Renato Mafredini JR, o Renato Russo.

Na época”Geração coca-cola” gravada anos mais tarde pela Legião Urbana estava sendo feita. Renato cantava, tocava baixo e compunha na banda ‘ Aborto Elétrico’ junto com o guitarrista André Pretorius e o baterista Fê Lemos. O grupo vira quarteto em 1979 com o irmão de Fê, Flávio Lemos assumindo o baixo e Iko Ouro Preto nas guitarras no lugar de André.

Agora Renato era somente o vocalista. Desta época foram compostas além de “Geração…” , “Que país é este” , “conexão amazônica”, “tédio(com um T)”, “Música Urbana”, “veraneio vascaína” e “Fátima”.

Na virada de 1981 para 1982 o ‘Aborto Elétrico’acaba devido uma briga de Renato e Fê. Em julho de 1983 a Legião Urbana aportava no Rio de Janeiro para shows, aproveitaram a viagem e trouxeram uma fita-demo contendo “Geração coca-cola” e “ainda é cedo “. Abriram o show do Lobão e os Ronaldos.

Em 1984 a Legião fecha contrato com gravadora. Faziam parte Renato Russo nos vocais e composições, Dado Villa-Lobos(guitarra), Marcelo Bonfá (bateria) e Renato Rocha (baixo).

Em janeiro de 1985 é lançado o primeiro LP. “Legião Urbana” é mal divulgado mas o público começa a identificar-se. Começa a vender, vende dez vezes mais que o previsto pela gravadora (que era de 5 mil) Chega a marca de 100 mil cópias.

O sucesso fez o grupo se transferir para o Rio de Janeiro. Vários shows. Quando começam os preparativos de lançamento do segundo LP, o primeiro ainda tocava bastante nas rádios.

“Dois” lançado em 1986 bateu a casa de 800 mil exemplares em pouco mais de um mês e tocou vários hits nas rádios. Em dezembro de 1987 chegou às lojas “Que país é este 1978/1987” que trazia composições antigas e duas novas ”Angra dos Reis” e “Mais do mesmo “. A mais improvável foi a que mais tocou “Faroeste Caboclo” com seus 159 versos e mais de nove minutos de duração.

Quando a Legião preparava o quarto LP, Renato Rocha deixa a banda. Renato Russo assumiu o baixo nas gravações e em 1989 saía “Quatro estações” com 450 mil cópias vendidas antecipadas, com o tempo chegou na casa de hum milhão.

Engenheiros do Hawaii

Estudantes de Arquitetura, Humberto Gessinger e Carlos Maltz ficaram estudando e quase seis meses sem se falar. Quando apareceu uma festa estudantil os dois trocaram papos. Gessinger mostrou 30 letras a Maltz que mostrou a Marcelo Pitz. Fizeram três ensaios e tocaram. Duas composições próprias, covers e versão de “Lady Laura”de Roberto Carlos. Agradaram.

Na época Gessinger tinha 20 anos, Maltz 22 e Pitz 21. Em 1986 lançaram o LP coletânea “Rock Grande do Sul “ que tinha as faixas ‘Segurança’ e ‘Sopa de Letrinhas’. Em novembro de 1986 saia o LP dos Engenheiros “Longe demais das capitais”. Vendeu mais de 50 mil cópias em menos de um mês. Emplacou a música “Toda forma de poder” em novela global e fez clipe da mesma música com participação do ator Paulo César Pereio.

Após shows e perto de lançar outro LP, Pitz decide sair da banda. Gessinger assume o baixo e convidam Augusto Licks, 31 anos, músico conceituado no Rio Grande do Sul para a guitarra. Em 1987 lançam LP “A revolta dos dândis” e caem no gosto do público.

Sucesso forte principalmente no Sul do país. Ano seguinte saía o LP “Ouça o que eu digo, não ouça ninguëm “. 84 shows por todo o Brasil e o material para o quarto LP estaria gravado.

“Alívio imediato” teve seu lançamento em outubro de 1989. As inéditas “Nau a deriva” e o nome do disco gravadas em estúdio. O restante tirado dos shows.

IRA!

Paulista da Vila Mariana, Edgard Scandurra conheceu Nasi no colégio Brasílio Machado. Ficaram amigos.

Em 1981 Nasi convidou Scandurra para um show na PUC. Nascia o Ira!.

Completavam a formação o baixista Dino e o baterista Charles Gavin. Em 1983 a banda gravaria o primeiro compacto contendo “Gritos na multidão” e “Pobre paulista “.

Nenhuma repercussão já que a gravadora não divulgou. Em 1985 já com Gaspa no baixo e André Jung na bateria o Ira! voltaria ao estúdio. Nascia o primeiro LP "Mudança de comportamento" que com o passar do tempo vendeu 50 mil cópias. No segundo LP “Vivendo e não aprendendo” de 1986 o Ira! emplacou alguns hits: “Flores em você”que era tema de novela global; “Envelheço na cidade” e “Dias de Luta “.

Chegou a vendagem de 165 mil cópias. Nesta época, Scandurra já era eleito o melhor guitarrista do país (por alguns anos sustentou o título). Em 1989 chegava as lojas o “Psicoacústica” terceiro LP da banda. Trabalho anticomercial, não vendendo nem um terço do antecessor. Mas o Ira! já havia caído nas graças das pessoas de bom gosto musical.

Kid Abelha e os Abóboras Selvagens

Estudantes da PUC, Leoni de Letras e George Israel, Engenharia. Era 1981. A música aproximou os dois, logo Carlos Beni (bateria), velho amigo de Leoni juntou-se a dupla.

O trio começa a fazer um som. Uma estudante de desenho industrial chamada Paula Toller aparece no ensaio para assistir e arrisca cantarolar. Aprovada, começou a fazer parte.

Faziam parte também o guitarrista Beto Martins e o tecladista Richard Owens. Fizeram suas primeiras aprsentações em festinhas de condomínio e gravaram uma fita-demo com as músicas “Distração “ e “Vida de cão é chato prá cachorro”.

Levaram a fita para a rádio fluminense e ela foi aprovada para entrar na programação. Estava tudo certo, só faltava um detalhe: o nome da banda. Na hora de entregar a fita original para ser rodada, Beni escolheu o nome entre tantos outros listados.

Nascia o Kid Abelha e os abóboras selvagens.

Em janeiro de 1983 as duas músicas foram selecionadas para uma coletânea rockeira da época. No início de 1984 estoura um compacto com a música “Como eu quero “, disquinho de ouro para o Kid.

A partir daí nasce o primeiro LP “Seu espião” que conseguiu a marca de quase 150 mil cópias. Nesta época a formação já contava com Bruno Fortunato na guitarra e as saídas de Beni (que virou produtor da banda), Beto e Owens. Em 1985 era lançado “Educação sentimental” com alguns hits e a parceria de Léo Jaime na “Formula do amor “.

23 de fevereiro e Leoni sai do grupo devido a desentendimentos. O Kid vira trio sempre com baixista e baterista convidados. 1986 vários shows e gravação do disco “äo vivo” que seria lançado no ano seguinte.

Também neste mesmo ano surge “Tomate” quarto LP da banda. Não chegou a marca de 100 mil cópias vendidas. “Kid “lançado em 1989 emplacou “Todo meu ouro” e “Agora eu sei”. As vendagens ultrapassaram “Tomate”.

Capital Inicial

Surgiu do clube da Colina de Brasília. A união dos irmãos Fê e Flavio Lemos (aborto elétrico) mais Loro Jones (blitz 64) juntamente com Dinho Ouro Preto, irmão mais novo de Iko Ouro-Preto (que tocou seus acordes na Legião) resultou numa das bandas de maior expressão no cenário do rock brasileiro.

Em 1986 o LP de estréia do Capital Inicial entitulado “Capital Inicial”. De cara velhas composições de Flávio Lemos com Renato Russo: “Fátima” , “Música urbana” e “Veraneio vascaína” caíram como uma luva para o momento. O resultado apareceu no comparecimento do público aos shows e na vendagem que foi de 200 mil cópias. O segundo trabalho “Independência” de 1987 trouxe a oficialização do tecladista Bozo Baretti à banda e o desempenho dele ficou nítido, o Capital ganhou teclados demais, perdendo um pouco a consistência.

Muitos shows e no fim do mesmo ano era lançado o terceiro LP “você não precisa entender” delineando um pouco mais a linha pop da banda. ‘Fogo’ foi a faixa mais executada. A vendagem não passou das 50 mil cópias.


Em 1990 lança “Todos os lados” com a guitarra de Loro Jones aparecendo mais. Mas algo não ia bem, no ano seguinte lançam “Eletricidade”. Dinho e Bozo saem.

Camisa de Vênus

O locutor de FM, Marcelo Nova, juntamente com seus amigos revolucionou a música bahiana nos anos 80.

Como poderia surgir uma banda punk na Bahia? E surgiu. O Camisa de Vênus era composto, além do vocalista, por Karl Hummel e Gustavo Mullen (guitarras), Robério Santana (baixo) e Aldo Machado (bateria).

Em 1982 o grupo intensificou ensaios, começou apresentações polêmicas na Bahia. O nome do grupo na época já beirava um escândalo e o show chamava-se ‘ejaculação precoce’. Toda polêmica serviu para a divulgação da banda.

Gravaram um compacto com a música “meu primo Zé” . Caiu no gosto e o Camisa lançaria seu primeiro LP em 1983 intitulado com o nome da banda. A gravadora decidiu implicar com a banda preferindo que a mesma mudasse de nome.

Resultado: saíram da gravadora e continuaram fazendo shows. Em 1985 em outra gravadora o Camisa lançaria “Batalhão de Estranhos”e começaria realmente seu sucesso. ‘Eu não matei Joanna Darc’ puxava o disco que se tornou de ouro devido as vendagens.

Em 1986 veio o “viva” gravado ao vivo no Caiçara Music Hall. Totalmente crú na questão de mixagens e ’embelezamento’, faixas proibidas pela censura aguçaram os fãs e o público em geral. A frase inventada pelo público, contida no disco, “Bota prá f…” perseguiria o Camisa por muito tempo.

Ainda neste ano, em outra gravadora, foi lançado o “Correndo o Risco” trazendo uma releitura de ‘Ouro de Tolo’de Raul Seixas. Mais de 200 mil Lps vendidos. No ano seguinte lançaram um álbum duplo “Duplo sentido” já com a idéia de dar um tempo na banda. Foi o que aconteceu.

Plebe Rude

André X, baixista, paranaense, fazia parte do clube da colina em Brasília. Jander Bilaphra (guitarra e voz) mineiro, Gutje(bateria) carioca e Philippe Seabra (guitarra e voz) morador de Brasília nascido em Washington D.C. EUA.

Todos amigos, moradores da capital do país, que tocavam em outras bandas. Na Blitz 64, a de maior destaque entre os futuros integrantes da Plebe, tocava Gutje juntamente com Loro Jones. Após o agrupamento da Plebe Rude, o primeiro show aconteceu, juntamente com a Legião Urbana em Patos de Minas.

Confusão geral devido às letras políticas e explicações para a polícia.. Na leva de grupos de Brasília para o eixo Rio/São Paulo, sempre apadrinhados por Herbert Vianna, a Plebe encontrou seu lugar e em 1986 lançou o mini-lp “O concreto já rachou” tendo bastante destaque (vendeu 250 mil cópias). O segundo LP também produzido pelo lider dos Paralamas, entitulado “Nunca fomos tão brasileiros” emplacou ‘a ida’ e ‘censura’ vetada pelo órgão federal.

Em 1988 sem a produção de Herbert, a Plebe lançou “Plebe Rude”. A crítica não viu com bons olhos ,o público começou a encolher e a Plebe, honesta, desencantar.

Lulu Santos

Ex-vímana, o guitarrista Luis Mauríco Bragana dos Santos,Lulu Santos foi, figura carimbada na época. Com facilidade de lançar hits e quase sempre na companhia de Nélson Motta, o artista chegou ao topo das paradas por várias vezes. O 1 o LP já mostrava que Lulu vinha prá ficar. Logo de cara estourou ‘Tempos Modernos’ e ‘Tudo com você’. Nos Lps seguintes emplacou ‘Como uma onda’, ‘De repente Califórnia’,’Adivinha o que’,’Casa’,’Um certo alguém’, ‘O último romântico’...

Nenhum de Nós

Formado inicialmente por Thedy Correa (baixo e voz), Sady Homrich (bateria) e Carlos Stein (guitarra) o Nenhum de Nós decidiu em 1986 levar a música a sério.

Mandou uma fita-demo em 1987 para o produtor Tadeu Valério, o mesmo que havia feito a coletânea ‘Rock Grande do Sul ‘ e acabaram contratados. Em meados de 1987 chegou às lojas o primeiro LP. Quase nada aconteceu no eixo Rio/Sampa. Somente em 1988 os programadores descobriram a faixa “camila, camila” e de repente tudo mudou.

De um dia para outro o hit estourou. No segundo trabalho intitulado “Cardume” a versão de starman de David Bowie (astronauta de mármore) foi uma das músicas mais tocadas do ano de 1989.

O primeiro LP vendeu pouco mais de 30 mil cópias, o segundo mais de 210 mil.

O Nenhum de Nós agora fazia parte do rock nacional, merecidamente. Em 1990 foi lançado “Extrano” colocando mais som da gaita gaúcha nas faixas. A música “Sobre o tempo” fez parte de novela global.

Neste LP o Nenhum de Nós já era um quarteto com a entrada de Veco Marques (violão/guitarra). Tempos depois João Vicenti (gaita/teclado/voz) tornou-se parte do Nenhum de Nós.

Biquini Cavadão

Começou com o quarteto Bruno Gouveia (voz), Miguel Flores da Cunha (teclados), André da Luz (baixo) e Álvaro Lopes (bateria).

Tocavam descompromissadamente até que foram descobertos por Carlos Beni (kid abelha) e Herbert Vianna. Aliás, o nome da banda foi dado por Herbert, e a primeira fita-demo foi produzida por Beni.

Nela constavam “Tédio” e “No mundo da Lua’. Rodou na fluminense FM e até o final do ano, a primeira já era sucesso.

Veio contrato com gravadora e em 1986, já com Carlos Coelho na guitarra, o Biquini Cavadão lançou “Cidades em torrente”. Tinha participação de Renato Russo na faixa “múmias” e Herbert, guitarra em ‘Tédio”.

Vendeu cerca de 60 mil cópias. O segundo LP lançado em 1987 ‘A era da incerteza’ teve fria recepção. Vendeu pouco menos de 50 mil cópias.

Somente em 1989 o Biquini lançaria mais um LP: “Zé” mas as vendas caíram. Ficou em 25 mil cópias. Em 1991 “Descivilização” trouxe hits que fizeram parte das programações: “Zé Ninguém” e “Vento Ventania”.

Outros 80 e suas músicas de destaque

  • Inocentes (do lider Clemente, o 1. punk do Brasil.Destaques:'Pátria amada' e 'Pânico em SP')
  • Herva Doce (de Renato Ladeira,Sussekind,Lly,Paul e Pena.Destaques:'Erva venenosa' e 'Amante Profissional')
  • Léo Jaime (goiano, participação ativa na década.Destaque:'Sete vampiras' e 'A vida não presta')
  • Hojerizah (Destaque:'Pros que estão em casa')
  • Picassos Falsos (Destaque:'Quadrinhos')
  • Metrô (Da vocalista Virginie.Destaque:'Tudo pode mudar' e 'Ti ti ti')
  • Zero (Do vocal Guilherme Isnard.Destaque:'Agora eu sei' duo com Paulo Ricardo)
  • Detrito Federal (Banda punk de Brasília.Destaque:'Tá com nada')
  • Garotos Podres (Punk do ABC paulista.Destaque:'Vou fazer cocô' e 'Anarquia')
  • Replicantes (Punk de Porto Alegre.Do vocalista Wander Wildner.Destaque:'Surfista Calhorda' e 'Sandina')
  • Defalla (Edu K o vocal.Banda de Porto Alegre.Destaque:'Instinto sexual')
  • Tokio (de Supla.Destaque:'Garota de Berlim' duo com Nina Hagen e 'Humanos'
  • Hanoi Hanoi (do letrista/baixista Arnaldo Brandão.Destaque:'Totalmente demais')
  • Cascavelettes (gaúchos comandados por Ney Wan Soria.Destaque:'Nega bom bom' e 'Sob o céu de blues')
  • TNT (também de POA/RS.Master e Henrique comandavam.Destaque:'Não sei', 'Entra nessa' e 'Irmã de DR.Robert')
  • 14. Andar (Baianos amigos do Camisa de Vênus.Destaque:'Diversão do novo mundo' e 'Sarah')
  • Heróis da Resistência (de Leoni saindo do Kid Abelha.Destaque:'Esse outro mundo' e 'Só pro meu prazer')
  • Finis Africae (De Brasília.Destaque:'Armadilha')
  • Rádio Taxi (de SP acompanhava Rita Lee.Destaque:'Garota dourada' , 'Coisas de casal' e 'Eva')
  • Sempre Livre (Banda só de mulheres.Dulce Quental no vocal.Destaque:'Eu sou free' e 'Fui eu')
  • Brylho (Banda de Cláudio Zoli.Destaque:'Noite do Prazer')
  • Uns & Outros (Hayena era o vocal e tinha o timbre de Renato Russo.Destaque:'Carta aos missionários')
  • Inimigos do Rei (A gravadora foi na onda dos Titãs com banda de mais de seis pessoas.Destaque:'Barata Kafka')
  • Violeta de Outono (Rock progressivo.Destaque:'Dia eterno')
  • Gang 90 e as Absurdettes (De Júlio Barroso.Destaques:'Perdidos na selva', 'Louco amor' e 'Telefone')
  • Lobão e os Ronaldos (Destaque:'Decadence avec elegance' e 'Me chama'.depois Lobão solo com vários sucessos.
  • Ritchie (Em 70 tinha banda com Lulu,Lobão,Liminha entre outros. Inglês que estourou com 'Menina veneno')
  • Magazine (comandada por Kid Vinil, importantíssimo para a época.O grupo antes chamava-se Verminose e era punk.Destaque:'Sou boy' e 'tic nervoso')
  • Eduardo Dusek (no início de fraque e cartola revolucionou os festivais, depois flertou com o rock estilo 60.Destaque:'Nostradamus', 'Rock da cachorra' e 'Cantando no banheiro'.
  • Joe Euthanázia (parceiro de Neuzinha Brizola.Destaque:'Já fui' e 'Me leva prá casa')
  • Fausto Fawcett (Destaque:'Kátia Flávia')
  • João Penca (oito no início quando lançou 1o LP.Depois virou trio.Destaques:'Edmundo','Telma eu não sou gay' e 'Psicodelismo em ipanema'
  • Ed Motta (Sobrinho de Tim Maia.Destaque:'Manuel')
  • Celso Blues Boy (melhor guitarrista rhitmin'blues do Brasil.Destaque:'Sempre Brilhará' e 'Aumenta que isso é rock n rool')
  • uma lista que não tem fim...
  • Fonte:
    Brock, o Rock Brasileiro dos Anos 80 de Arthur Dapieve ed. 34; NicoWolff

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Poesia de Chico......



Tem mais samba
Chico Buarque

Tem mais samba no encontro que na espera
Tem mais samba a maldade que a ferida
Tem mais samba no porto que na vela
Tem mais samba o perdão que a despedida
Tem mais samba nas mãos do que nos olhos
Tem mais samba no chão do que na lua
Tem mais samba no homem que trabalha
Tem mais samba no som que vem da rua
Tem mais samba no peito de quem chora
Tem mais samba no pranto de quem vê
Que o bom samba não tem lugar nem hora
O coração de fora
Samba sem querer

Vem que passa
Teu sofrer
Se todo mundo sambasse
Seria tão fácil viver

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

SONETO DA FIDELIDADE

Soneto de Fidelidade

Vinicius de Moraes


De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

IEMANJA


IEMANJÁ, a grande mãe, o oceano que origina tudo.

De seu ventre saíram todos os Orixás, dos seus seios correm os rios que fertilizam a terra. Como toda matriarca, é benevolente e preocupada com o bem-estar de todos, mas exerce uma autoridade mais pela astúcia que pela força.

Iemanjá é a imperatriz fecunda e resoluta totalmente aberta a criatividade.

Deusa da nação Egbá, nação Iorubá, onde existe o rio IEMANJÁ,. A umbanda por influência do sincretismo, promoveu IEMANJÁ como nova entidade, criação puramente brasileira. Moralizada como mãe de todos os orixás, assimilando-a com Nossa Senhora, mãe de Deus. Nela ficam condensadas as características das diversas entidades femininas.

Para as pessoas que querem crer em uma mãe extremamente bondosa, puritana, etc, como as colocações de todos os santos da igreja católica, com certeza vai se decepcionar com a realidade dos orixás que são em essência uma realidade do nosso mundo ou o nosso mundo é uma realidade da dos orixás: DUAL.POLARIZADO.

IEMANJÁ tendo sua manifestação positiva: Magnitude, criatividade, destemor, constância, gestação ou o inverso: rudeza, insensibilidade ,medo demasiado, e excessivo, crueldade, orgulho desmedido, gula.

IEMANJÁ, a MÃE é reconhecida como estando na segunda posição de autoridade, mas é apática, falsa e pouco disposta a atender as necessidades dos outros.

A representação de IEMANJÁ que se tem difundida o superou em muito a imagem de sereia ou de grande mãe cujos seios descem até o chão. Hoje é uma moça branca a sair do mar, cheia de luz, santa da igreja católica. É gritante a semelhança imposta pelos, católicos mesmo que apresente traços sedutores, é antes de tudo a mãe boa, desafricanizada.

Sempre descrita como orixá mãe, para quem esplendidas oferendas florais são devotadamente depositadas em todas as praias do Brasil.

Mas esta é apenas uma faceta do orixá, cujas qualidades negativas ficam ocultas para o grande público. Para os leigos é costume considerar que IEMANJÁ é a esposa de OXALÁ, e, várias lendas aludem a sua rivalidade com NANÃ.

Também temos lendas que coloca IEMANJÁ esposa de ORUMILÁ, de quem teve IFÁ, o oráculo, e de ORÃNHIÃ, o fundador da cidade de OIÓ.

IEMANJÁ, é vista um pouco menos feminina que algumas outras orixás, porque é mãe dos orixás e é claro, mais velha e inibida. Apesar de seus gestos meigos, ela mostra menos interesse em dar-se ou prestar atenção nos outros. Ela é em geral, mais distante e sua meiguice é interpretada, simplesmente, como boas maneiras.

Os filhos de IEMANJÁ são quase sempre sensíveis, emotivos, e podem ter dupla personalidade.

São metódicos, aceitam com revolta seu destino, sentem fascinação por tudo que seja oculto.

Via de regra são de estatura forte, são amáveis, porém vingativos.

Tendência a mais de um casamento.

Sua revolta intensa é comparada as ondas do mar. Num constante vai e vem por toda a vida.

Propência a obesidade, câncer de mama, problemas de coluna, doença mental. Seus filhos sentem-se donos da verdade, passam a aparência de calmos, polidos, meigos, humildes, mas no fundo são muito arrogantes, e você não sabe o que na realidade estão pensando. O aspecto físico é marcado pelo corpo e a ossadura grande, ancas largas, seios generosos.

Calmos, sérios, cheios de aparente dignidade, sensual,fascinantes.

Esposa e mãe fiel, eficiente, enérgica, mas ciumenta, possessivas, são muito mais mãe do que esposa, bastante independente em relação aos homens, maridos, amantes, ou pai. Seus sentimentos maternais exprimem-se antes no zelo e no amor com que se dedicam á educação de crianças que podem até nem ser delas do que dando a luz inúmeros rebentos.

Fechados, tranqüilos, doces, pacientes, prestativos, mas quando se enfurecem...

Sinceros. Parecem estar sempre julgando, dão a impressão de falar só por boas maneiras, por obrigação.

Quando dão uma pancada é como a pancada do mar: A pessoa nunca sabe onde vai rebentar.

Não gostam de anarquias, brigas. Dificilmente um filho de IEMANJÁ fala bem de alguém. Muitas vezes são mesquinhos, conformistas, mas não duvide que traia alguém para conseguir alguma coisa. IEMANJÁ é feroz, é mista.

Personalidade forte. É sereia.

IEMANJA -cujo nome deriva de yeyé omo eja [mãe cujos filhos são peixes].


IEMANJÁ [...] Água doce - Gosta de bailar, é alegre, correta, cuida dos doentes.

IEMANJÁ (...) Companheira de Ogum - trabalhadora, briguenta, violenta, feiticeira, baila com uma cobra enrolada no braço.

IEMANJÁ [...] - é sábia, orgulhosa, respeitada até por Ifá, que lhe acata as decisões.-

IEMANJÁ que vive na espuma[....] - na ressaca, enroscada em um manto de limo, muito lenta e esquecida, recebe os ebós junto aos mortos.

IEMANJÁ [....] - para guerrear , vive nos poços e mananciais dos bosques ,ligação com ogum.

IEMANJÁ [ ... ] - ligação com as nuvens , direcionando suas águas.
IEMANJÁ Sereia - com o corpo coberto de escamas e pelos prateados, alimentação, cura de maus Boris.

EXU MARABÔ; ligado a Iemanjá, tem atuação sobre toda a orla marítima e áreas de pesquisa científica. Encarregado de fiscalizar o plano físico, distribuindo ordens ao seus comandados, nos mais diversos planos de sua jurisdição.

Dificilmente baixa em terreiros. Fala e escreve perfeitamente o francês.

Quando incorpora, usa o nome de seu companheiro Agalieraps [ Mangueira ]

IEMANJÁ, está associada á foz dos rios e quebra-mares, mãe dos peixes e de todos as cabeças.

É invocada para trazer prosperidade e abundância.

É um orixá que tem o poder da curar as doenças com água, sem derramamento de sangue, com sua própria riqueza, os peixes, pode curar um mau ori, no ato do ebóri.

É um dos orixás mais velhos entre os irunmonlés, podendo algumas vezes comer junto com os eguns.

FRASE DE IMPACTO:Íyá mí nsé owó pélé-pélé nínu omi / Minha mãe esta erguendo as mãos,suavemente dentro das águas.

ELEMENTO> água

NATUREZA> água salgada

EMBLEMA> abebé-leque prateado

ERVAS> jasmim, folha-da-costa, aguapé, algafarra.

METAL> prata e platina

FLOR> rosa, palma branca

FRUTA> mamão, melancia, graviola, uvas brancas

DOENÇAS> barriga e seios,obesidade,câncer de mama

LOCAL PREFERIDO > água salgada e o templo

SEU DIA > é o sábado

SEUS NÚMEROS > são 8 e 16

SUAS CORES > são o azul e o branco,também rosa

SUA SAUDAÇÃO> Odomiô e Odoiá.

SUAS FERRAMENTAS > são a ancora e o leme.

IEMANJÁ GUMTÉ> é casada com OGUM, ela usa espada. Sob a forma de IYA MASSÉ, IEMANJÁ unida a ORÃNHIÃ, deu inicio a sagrada dinastia dos primeiros reis de OIÓ.

São Jorge - Ogum

São Jorge - O santo guerreiro

Dia: 23 de abril

História

Em torno do século III D.C., quando Diocleciano era imperador de Roma, havia nos domínios do seu vasto Império um jovem soldado chamado Jorge. Filho de pais cristãos, Jorge aprendeu desde a sua infância a temer a Deus e a crer em Jesus como seu salvador pessoal.

Nascido na antiga Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia, Jorge mudou-se para a Palestina com sua mãe após a morte de seu pai. Lá foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade - qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde. Com a idade de 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo altas funções.

Por essa época, o imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos. No dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses.

Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus Cristo como Senhor e salvador dos homens. Indagado por um cônsul sobre a origem desta ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da VERDADE. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O QUE É A VERDADE ?". Jorge respondeu: "A verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e nele confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da verdade."

Como São Jorge mantinha-se fiel a Jesus, o Imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Jorge sempre respondia: "Não, imperador ! Eu sou servo de um Deus vivo ! Somente a Ele eu temerei e adorarei". E Deus, verdadeiramente, honrou a fé de seu servo Jorge, de modo que muitas pessoas passaram a crer e confiar em Jesus por intermédio da pregação daquele jovem soldado romano. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito em seu plano macabro, mandou degolar o jovem e fiel servo de Jesus no dia 23 de abril de 303. Sua sepultura está na Lídia, Cidade de São Jorge, perto de Jerusalém, na Palestina.

A devoção a São Jorge rapidamente tornou-se popular. Seu culto se espalhou pelo Oriente e, por ocasião das Cruzadas, teve grande penetração no Ocidente.

Verdadeiro guerreiro da fé, São Jorge venceu contra Satanás terríveis batalhas, por isso sua imagem mais conhecida é dele montado num cavalo branco, vencendo um grande dragão. Com seu testemunho, este grande santo nos convida a seguirmos Jesus sem renunciar o bom combate.

Lendas: um horrível dragão saía de vez em quando das profundezas de um lago e se atirava contra os muros da cidade trazendo-lhe a morte com seu mortífero hálito. Para ter afastado tamanho flagelo, as populações do lugar lhe ofereciam jovens vítimas, pegas por sorteio. um dia coube a filha do Rei ser oferecida em comida ao monstro. O Monarca, que nada pôde fazer para evitar esse horrível destino da tenra filhinha, acompanhou-a com lágrimas até às margens do lago. A princesa parecia irremediavelmente destinada a um fim atroz, quando de repente apareceu um corajoso cavaleiro vindo da Capadócia. Era São Jorge.

O valente Guerreiro desembainhou a espada e, em pouco tempo reduziu o terrível dragão num manso cordeirinho, que a jovem levou preso numa corrente, até dentro dos muros da cidade, entre a admiração de todos os habitantes que se fechavam em casa, cheios de pavor. O misterioso cavaleiro lhes assegurou, gritando-lhes que tinha vindo, em nome de Cristo, para vencer o dragão. Eles deviam converter-se e ser batizados.

Datas Marcantes No século XII, a arte, literatura e religiosa popular representam São Jorge, como soldado das cruzadas com manto e armadura com cruz vermelha, nobre um cavalo branco, com lança em punho, vencendo um dragão. São Jorge é o cavaleiro da cruz que derrota o dragão do mal, da dominação e exclusão.

Desde o século VI, havia peregrinações ao túmulo de São Jorge em Lídia. Esse santuário foi destruído e reconstruído várias vezes durante a história.

Santo Estevão, rei da Hungria, reconstruiu esse santuário no século XI. Foram dedicadas numerosas igrejas a São Jorge na Grécia e na Síria.

A devoção a São Jorge chegou à Sicília na Itália no século VI. No séc. VII o siciliano Papa Leão II construiu em Roma uma igreja para S. Sebastião e S. Jorge. No séc. VIII, o Papa Zacarias transferiu para essa igreja de Roma a cabeça de S. Jorge.

A devoção a São Jorge chegou a Inglaterra no século VIII. No ano de 1101, o exército inglês acampou na Lídia antes de atacar Jerusalém. A Inglaterra tornou-se o país que mais se distinguiu no culto ao mártir São Jorge...

Em 1340, o rei inglês Eduardo III instituiu a Ordem dos cavaleiros de São Jorge.

Foi o Papa Bento XIV (1740-1758) que fez São Jorge, padroeiro da Inglaterra até hoje.

Em 1420, o rei húngaro, Frederico III (1534) evoca-o para lutar contra os turcos.

As Cruzadas Medievais tornaram popular no ocidente a devoção a São Jorge, como guerreiro, padroeiro dos cavaleiros da cruz e das ordens de cavalaria, para libertar todo país dominado e para converter o povo no cristianismo.

Seu dia foi colocado no Calendário particular da Igreja, isto é, celebrados nos lugares de sua devoção.

O Sr. Cardeal D. Eugenio Sales, assim se pronunciou: "A devoção de São Jorge nos deve levar a Jesus Cristo". Pela palavra do Cardeal Sales sentimos a autenticidade do Culto a São Jorge.

A quem ajuda: é a força de Deus na luta dos excluídos e marginalizados da sociedade.

Oração a São Jorge

Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.

Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.

Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.

Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.

São Jorge Rogai por Nós.